domingo, 10 de junho de 2012

Última flor do Lácio, inculta e bela,(Homenagem a Nossa Língua Portuguesa )

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...


Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!


Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,


em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

2 comentários:

  1. Boa Noite Ivanete, vim retribuir o carinho da tua visita e participação no meu blog, volte sempre aquele cantinho é nosso e você será sempre bem vinda!! Deixei na página de agradecimentos um mimo pra você, espero que goste, Ha! gostei muito deste poema, lindo quando diz: " Amo o teu viço agrestee e o teu aroma de virgem selvagem.... Lindo!! é só natureza. Parabens pelas postagens, sucesso. Abrços uma linda noite.

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