quinta-feira, 23 de maio de 2013

“A POESIA É NECESSÁRIA”Rubem Braga






EU FUI SOLTANDO VERSOS ALEATORIAMENTE, COMO ME FORAM AFLORANDO À MEMÓRIA, BROTANDO DE UM DEPÓSITO QUE A ESCOLA ME AJUDOU A CONSTRUIR E QUE FUI ENRIQUECENDO AO LONGO DA VIDA.

POETIZAR É . . . é camoniar, é machadear, é caetanear, é cora coralizar, mas é acima de tudo acreditar que, pelas palavras, podemos o mundo transformar e
“A POESIA É NECESSÁRIA”  Rubem Braga . Eu afirmo  que é tão necessária como afirma Fernando Pessoa em AUTOPSICOGRAFIA “O poeta é um fingidor.Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor.A dor que deveras sente”
“QUE A ESCOLA SAIBA ATRAIR PARA A CENTELHA DE MARAVILHAMENTO QUE CARACTERIZA UM POEMA “ Ana Maria Machado

García Lorca descreve um pandeiro, por exemplo, dizendo “SUA LUA DE PERGAMINHO. PRECIOSA TOCANDO VEM.” Ou quando Jorge de Lima afirma que “HÁ SEMPRE UM COPO DE MAR PARA UM HOMEM NAVEGAR”. Ou ainda quando Manoel Bandeira CONCLUI QUE UM PORQUINHO- DA- ÍNDIA FOI A SUA PRIMEIRA NAMORADA. Ou João Cabral de Melo Neto afirma que o nascimento de um menino é belo “COMO UM CADERNO NOVO QUANDO A GENTE O PRINCIPIA.” Ou Paulo Mendes Campos resume: “ SOU RESTOS DE UM MENINO QUE PASSOU.” Ou quando Carlos Drummond de Andrade constata: “MAS AS COISAS FINDAS, MUITO MAIS QUE LINDAS,ESSAS FICARÃO.”E elas findam, como ensina Vinícius de Morais “DE REPENTE, NÃO MAIS QUE DE REPENTE.” “E, OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS” afirma Casimiro de Abreu , e Olavo Bilac fala   em “ OUVIR ESTRELAS”, Gonçalves Dias garante: “MENINOS, EU VI”,Castro Alves ecoa a África a desafiar Deus “HÁ DOIS MIL ANOS TE MANDEI MEU GRITO, QUE EMBALDE DESDE ENTÃOCORRE O INFINITO,ONDE ESTÁS, SENHOR DEUS ? “ Só sei que continuo poetizando como em MOTIVOS de Cecília Meireles “Eu canto porque o instante existe /e a minha vida está completa./Não sou alegre nem sou triste:/sou poeta” mas por que tudo isto ? CECÍLIA MEIRELES explica : Sei que canto. E a canção é tudo.?/ Tem sangue eterno a asa ritmada./E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.”


















segunda-feira, 13 de maio de 2013

Voar sem ter asas, caminhar sem tirar os pés do chão, sonhar acordado, navegar em um mar de palavras, soltando a imaginação".,

A leitura

Caminho entre prateleiras;
Eiras... beiras de papéis;
Deleito-me nas esteiras das rimas;
Poesias;
Crônicas... literaturas infinitas;
Embriago-me no coquetel das palavras;
Mistura inebriante de poeira e traça voraz???
Acelero meu intelecto;
Transporto-me para os contos...
De fadas;
De amadas... safadas...
Emoções...
Divagações!
Letras miúdas... cinzentas;
Impressão amarelada pelo tempo;
Puro conhecimento!
Escorrego nos "Ss"; "Us"...
Faço das letras diversão pueril...
Escorregadores; escadas e trampolins;
Me arrisco...
Despenco!
Embaraço-me nas cedilhas... nos tils;
Cerro meus olhos;
Entrego-me!
Deixo Sofia nas asas da imaginação me levar;
E me revelar...
Mistérios que somente o livro tem!

Quando você se sentir só... ou não quiser ser apenas mais um na multidão : LEIA UM LIVRO!!!

 


Asa de Papel
(Marcelo Xavier)

Asa de Papel é dedicado a todos que, de alguma forma, trabalham com o Livro.

Quando você se sentir só...
ou não quiser ser apenas mais um na multidão,
quando quiser descobrir quem descobriu, quem inventou, como surgiu
nas curtas, médias e longas viagens
ou para ir até o infinito no tempo que dura um grito,
nos longos períodos horizontais,
para ir à festa do rei
ou viver fantásticas aventuras no mar,
para entender o que os bichos pensam da vida
ou atravessar o tempo como se atravessasse uma porta,
para saber como é bonito o mundo visto por um mosquito
ou, num instante, sentir a terrível solidão de um gigante,
quando o mundo vira uma geladeira e você um pinguim
nos dias chorosos
ou quando a Terra se bronzeia,
para sentir aquele medinho gostoso
ou quando quiserem fazer você de bobo

LEIA UM LIVRO...


Asa de Papel. Marcelo Xavier texto e il. Gustavo Campos fot. Formato. 1993.

Premiações:

Prêmio apca - Originalidade em Literatura Infantojuvenil - 1993

Prêmio Ofélia Fontes - FNLIJ - O melhor para crianças. 1993

Prêmio Jabuti - Melhor ilustrador - 1994.