domingo, 31 de agosto de 2014

Capitu - 1968 - dir. Paulo César Saraceni (trecho inicial do filme)

Filme São Bernardo (Viçosa-AL, 1971)







São Bernardo é um filme brasileiro de 1971, do gênero drama, dirigido por Leon Hirszman e com roteiro baseado no romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos.

Este filme foi rodado na cidade de Viçosa (Alagoas), onde Graciliano Ramos viveu muitos anos e onde escreveu algumas de suas obras. O filme recebeu vários prêmios em festivais, entre eles o de melhor ator para Othon Bastos no Festival de Gramado, e ganhou o Prêmio Air France de 1973 como melhor filme, diretor (Leon Hirszman), ator (Othon Bastos) e atriz (Isabel Ribeiro), além do Coruja de Ouro de melhor diretor e atriz coadjuvante (Vanda Lacerda).
Sinopse: Um mascate consegue se transformar em um próspero fazendeiro, só que ele é um homem torturado constantemente por suas obsessões e desconfianças.

Luzia Homem (1987) Claudia Ohana





Após presenciar o assassinato de seus pais, Luzia (Cláudia Ohana) é criada por um vaqueiro e adota os costumes masculinos do sertão. Quando se torna uma mulher procura o assassino de seus pais, para poder se vingar, mas acaba encontrando o amor.

A Moreninha o filme Completo

Este filme é muito bom, pois conta a História de um homem chamado Augusto que não consegue se apaixona por nenhuma mulher. aí ele e seu amigo Felipe faz uma aposta. se ele durante 15 dias continuar se apaixonado pela mesma mulher vai ter quer: no final do filme vç ficará sabendo. então eles vai até paquetá.



O Cortiço - completo

Filme ' Azyllo Muito Louco ' ( 1971 Nelson Pereira dos Santos )





  1. Azyllo muito Louco (1970) (adaptação livre do conto “O Alienista” de Machado de Assis)

Vida Maria




A cartomante 2004 Filme Nacional Completo

O PRIMO BASÍLIO - FILME BRASILEIRO COMPLETO







O Primo Basílio é um romance de Eça de Queirós. Publicado em 1878, constitui uma análise da família burguesa urbana no século XIX

Capitães da Areia Filme Completo

Parte 1 - Grande Sertão: Veredas - Maria Bethânia - Parte 1





Trecho do romance de João Guimarães Rosa, Grande Sertão: veredas, narrado por Maria Bethânia

sábado, 30 de agosto de 2014

Roberto Carlos - Eu Sei Que Vou Te Amar / Soneto Da Fidelidade (Em Jerus...

Roberto Carlos - Eu Sei Que Vou Te Amar / Soneto Da Fidelidade (Em Jerus...

INOCENCIA 1983 completo

filme o seminarista


filme o seminarista


O Guarani (filme de Norma Bengell, 1996)

Senhora (1976)





Rio de Janeiro, 1870: Aurélia Camargo é uma moça pobre, que namora Fernando Seixas. Eles se amam, mas a precária situação financeira de ambos acaba por obrigarem-nos a desistir daquele profundo amor. Para surpresa de Aurélia, ela recebe uma grande herança com a morte do avô e sua vida sofre uma transformação total, pois agora ela entra para a sociedade da época. Mas seu amor por Fernando continua imutável e, com a ajuda de seu tio Lemos, ela compra seu marido Fernando. Quando este descobre o jogo, o amor dos dois fica profundamente abalado e Aurélia sofre imensamente pelo seu ato. Mas, com o tempo, o obstáculo é superado e eles passam a viver felizes." (ALSN/DFB-LM)

Iracema A Virgem dos Lábios de Mel

Lucíola, o Anjo Pecador





"Adaptação do clássico romance "Lucíola", de José de Alencar, no qual o autor caracteriza o ambiente burguês, seus hábitos, suas festas, suas crenças e ideais de vida. Personagens apaixonados e o dinheiro como propulsor da felicidade são os principais ingredientes da obra. Mistérios, preconceitos sociais, doenças incuráveis e até mesmo a morte são os principais antagonistas da felicidade dos personagens."

O Navio Negreiro de Castro Alves





Era um sonho dantesco... o tombadilho, 


Tinir de ferros... estalar do açoite... 
Legiões de homens negros como a noite, 
Horrendos a dançar... 

Negras mulheres, levantando às tetas 
Magras crianças, cujas bocas pretas 
Rega o sangue das mães: 
Outras, moças... mas nuas, assustadas, 
No turbilhão de espectros arrastadas, 
Em ânsia e mágoa vãs. 

Um de raiva delira, outro enlouquece... 
Outro, que de martírios embrutece, 
chora e dança, ali. 

Senhor Deus dos desgraçados! 
Dizei-me vós, Senhor Deus! 
Se é loucura... se é verdade 
Tanto horror perante os céus... 

Quem são estes desgraçados 
Que não encontram em vós 
Mais que o rir calmo da turba 

Morte e Vida Severina [Globo 1981] Tânia Alves





Morte e Vida Severina



 Essa cova em que estás, 

com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.

—— é de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe

neste latifúndio.

—— Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.

—— é uma cova grande
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.

—— é uma cova grande
para teu defunto parco,
porém mais que no mundo
te sentirás largo.

—— é uma cova grande
para tua carne pouca,
mas a terra dada
não se abre a boca.

Filme - A Hora da Estrela (1985) DVDRip

Jorge Fernandes - ESSA NEGRA FULÔ - Valdemar Henrique - Poema de Jorge d...





 
Essa Negra Fulô 
Ora, se deu que chegou 
(isso já faz muito tempo) 
no bangüê dum meu avô 
uma negra bonitinha, 
chamada negra Fulô. 
Essa negra Fulô! 
Essa negra Fulô! 
Ó Fulô! Ó Fulô! 
(Era a fala da Sinhá) 
— Vai forrar a minha cama, 
pentear os meus cabelos, 
vem ajudar a tirar 
a minha roupa, Fulô! 
Essa negra Fulô! 
Essa negrinha Fulô 
ficou logo pra mucama, 
pra vigiar a Sinhá 
pra engomar pro Sinhô! 
Essa negra Fulô! 
Essa negra Fulô! 
Ó Fulô! Ó Fulô! 
(Era a fala da Sinhá) 
vem me ajudar, ó Fulô, 
vem abanar o meu corpo 
que eu estou suada, Fulô! 
vem coçar minha coceira, 
vem me catar cafuné, 
vem balançar minha rede, 
vem me contar uma história, 
que eu estou com sono, Fulô! 
Essa negra Fulô! 
"Era um dia uma princesa 
que vivia num castelo 
que possuía um vestido 
com os peixinhos do mar. 
Entrou na perna dum pato 
saiu na perna dum pinto 
o Rei-Sinhô me mandou 
que vos contasse mais cinco." 

Essa negra Fulô! 
Essa negra Fulô! 
Ó Fulô? Ó Fulô? 
Vai botar para dormir 
esses meninos, Fulô! 
"Minha mãe me penteou 
minha madrasta me enterrou 
pelos figos da figueira 
que o Sabiá beliscou." 

Essa negra Fulô! 
Essa negra Fulô! 
Ó Fulô? Ó Fulô? 
(Era a fala da Sinhá 
Chamando a negra Fulô.) 
Cadê meu frasco de cheiro 
Que teu Sinhô me mandou? 
— Ah! Foi você que roubou! 
Ah! Foi você que roubou! 
O Sinhô foi ver a negra 
levar couro do feitor. 
A negra tirou a roupa.
O Sinhô disse: Fulô! 
(A vista se escureceu 
que nem a negra Fulô.) 
Essa negra Fulô! 
Essa negra Fulô! 
Ó Fulô! Ó Fulô! 
Cadê meu lenço de rendas, 
Cadê meu cinto, meu broche, 
Cadê o meu terço de ouro 
que teu Sinhô me mandou? 
Ah! foi você que roubou. 
Ah! foi você que roubou. 
Essa negra Fulô! 
Essa negra Fulô! 
O Sinhô foi açoitar 
sozinho a negra Fulô. 
A negra tirou a saia 
e tirou o cabeção, 
de dentro dêle pulou 
nuinha a negra Fulô. 
Essa negra Fulô! 
Essa negra Fulô! 
Ó Fulô! Ó Fulô! 
Cadê, cadê teu Sinhô 
que Nosso Senhor me mandou? 
Ah! Foi você que roubou, 
foi você, negra fulô? 
Essa negra Fulô!






Poema em Linha Reta - com Osmar Prado

Poema em linha reta

Fernando Pessoa(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Antônio Abujamra declama Fernando Pessoa - O guardador de rebanhos VIII

Enviado em 26/11/2011

Fernando Pessoa - O guardador de rebanhos VIII

Num meio dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra,
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe

Tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras,
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem

E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.

Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três,
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz...

Jamelão - MACUNAÍMA - Samba Enredo da Portela em 1975 - David Corrêa e N...





Samba Enredo 1975 - Macunaíma

G.R.E.S. Portela (RJ)

Portela apresenta
Do folclore tradições
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações
Cy, a rainha mãe do mato, oi
Macunaíma fascinou
Ao luar se fez poema
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou

Macunaíma índio branco catimbeiro
Negro sonso feiticeiro
Mata a cobra e dá um nó

Cy, em forma de estrela
À Macunaíma dá
Um talismã que ele perde e sai a vagar
Canta o uirapuru e encanta
Liberta a mágoa do seu triste coração
Negrinho do pastoreio foi a sua salvação
E derrotando o gigante
Era uma vez Piaiman
Macunaíma volta com o muiraquitã
Marupiara na luta e no amor
Quando para a pedra para sempre o monstro levou
O nosso herói assim cantou
Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação

 

Policarpo Quaresma

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MEMORIAS DE UM SARGENTO DE MILICIAS samba



Era o tempo do rei
Quando aqui, chegou
Um modesto casal feliz pelo recente amor
Leonardo, tornando-se meirinho
Deu a Maria Hortaliça um novo lar
Um pouco de conforto e de carinho
Dessa união, nasceu
Um lindo varão
Que recebeu o mesmo nome do seu pai
Personagem central da história que contamos neste
carnaval
Mas um dia Maria 
Fez a Leonardo uma ingratidão
Mostrando que não era uma boa companheira
Provocou a separação
Foi assim que o padrinho passou
A ser do menino tutor
A quem lhe deu toda dedicação
Sofrendo uma grande desilusão
Outra figura importante em sua vida 
Foi a comadre parteira popular
Diziam que benziam de quebranto
A beata mais famosa do lugar

Havia nesse tempo aqui no Rio 
Tipos que devemos mencionar
Chico Juca, era mestre em valentia 
E por todos se fazia, respeitar
O reverendo amante da cigana
Preso pelo Vidigal
O justiceiro
Homem de grande autoridade
Que à frente dos seus granadeiros
Era temido pelo povo da cidade
Luisinha primeiro amor
Que Leonardo conheceu
E que Dona Maria, a outro como esposa concedeu
Somente foi feliz
Quando José Manuel
Morreu

Nosso herói 
Novamente se apaixonou 
Quando com sua viola
A mulata Vidinha, esta singela modinha cantou:
Se os meus suspiros pudessem
Aos seus ouvidos chegar
Verias que uma paixão
Tem o poder de assassinar

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